SEROPÉDICA - A força-tarefa da Polícia Civil do Rio, criada para apurar relações entre candidatos nas eleições municipais deste ano com organizações criminosas segue avançando. Além de quatro inquéritos que já estavam em aberto contra cinco candidatos, há, em curso, uma nova investigação, aberta essa semana, contra um candidato ao cargo do executivo no município de Seropédica, na Baixada Fluminense.
A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco) investiga se o vereador e candidato a prefeito Lucas Dutra Dos Santos, conhecido como Professor Lucas, do Partido Social Cristão, tem sua candidatura vinculada à milícia que atua na cidade.
Fontes da Polícia Civil revelam que há pouco mais de uma semana várias denúncias que ligam Professor Lucas à milícia foram recebidas pela força-tarefa.
Uma testemunha, que não quis ser identificada, disse que os cabos eleitorais do candidato agem da forma truculenta com eleitores que apoiam outros candidatos.
A polícia também investiga se um policial militar identificado apenas como Disk seria autor de várias agressões contra eleitores. Uma dessas ações violentas foi registrada na 48ª DP (Seropédica). Um homem que não teve o nome revelado foi vítima de agressões e teve o rosto ferido.
Procurado pelo DIA, o delegado William de Medeiros Pena Junior, titular da Draco, explicou que todas as investigações irão permanecer, mesmo após o pleito de domingo.
"As investigações relacionadas ao processo eleitoral continham após o pleito de domingo, já que caso os delitos sejam comprovados, a justiça eleitoral pode até cassar eventuais candidatos eleitos, daí a importância das pessoas continuarem fazendo denúncias", explica o delegado.
A reportagem tentou contato com a assessoria do candidato, mas até a publicação desta matéria, não houve retorno.
OUTROS INVESTIGADOS
No início do mês de novembro, o DIA apurou que o candidato a vereador do Rio Marcello Siciliano (Progressistas) estava sendo investigado por possível formação de curral eleitoral na Zona Oeste. Outros quatro candidatos também eram investigado. Todos por suspeita de aproximação com organizações criminosas.
Alguns candidatos foram intimados a depor na sede da Draco. Na ocasião, Siciliano disse que era alvo de perseguição política: "Isso é uma perseguição. Sou um homem de bem, de família".
Na delegacia, mais de 30 candidatos a prefeito ou vereador da capital e de municípios da Baixada Fluminense foram denunciados por vinculo com o crime organizado.
Via: O Dia
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