RIO - Para tentar superar as dificuldades financeiras que vem enfrentando desde o começo da pandemia de Covid-19, o Instituto É Possível Sonhar lançou uma campanha de arrecadação online para quitar as dívidas e continuar de portas abertas.
A rede busca acolher e proporcionar atividades terapêuticas para crianças, adolescentes e mulheres vítimas de violência sexual, física e psíquica. No entanto, o esforço para continuar o trabalho tem sido uma tarefa cada vez mais árdua.
— O aluguel do consultório, inclusive, é a questão mais delicada no momento, já que recebemos ordem para desocuparmos o local. Sem esse espaço, será quase impossível poder atender essas mulheres e crianças vítimas da violência — desabafa Daniela Generoso, psicóloga e fundadora do “É possível Sonhar”.
Duas vaquinhas online foram lançadas. A primeira é para pagar os alugueis e condomínios atrasados e ampliar o atendimento. A outra é para oferecer a ajuda de custo para os profissionais que trabalham na instituição e pagar as despesas de luz, internet e as cestas básicas que são doadas para as famílias atendidas.
O Instituto já soma mais de 15 mil pacientes que tiveram suas vidas mudadas. Além disso, cerca de 160 pessoas estão na fila de espera aguardando atendimento.
— Por esse motivo, a ajuda da população é essencial para que as crianças e adolescentes consigam continuar recebendo auxílio necessário — afirma a fundadora do projeto.
Daniela Generoso conta que a iniciativa nasceu após ela mesma ter sido vítima de violência sexual dentro de seu próprio lar. Depois de fugir de casa e ter que morar na rua, ela estudou e se formou em psicologia com o objetivo de ajudar outras pessoas.
— Fui amparada por pessoas que me acolheram e me deram uma segunda oportunidade de ver a luz no fim do túnel. Quero também poder dizer a outras crianças, adolescentes e mulheres vítimas que é possível sonhar — diz.
Além de atendimento específico aos jovens e mulheres, o Instituto também possui capacitação para fornecer treinamentos, palestras e terapias individuais ou em grupo para empresas.
Via: Jornal Extra
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